O princípio e o fim

Tudo começa e acaba
O dia acaba, a noite começa
Tudo se renova, renasce
E vive!

A vida desponta no perfume das flores
No voo da ave, ao longe
Na brisa que o verde acaricia
No sol, na lua que com as nuvens brincam
Num vai... vem... vai... vem

Este dia

Os dias assim
Trazem sombra ao meu olhar
E põem-me a pensar, pensar.

Os dias assim
Fazem-me lembrar
Que o tempo voa sem o poder agarrar

Nos dias assim
Tudo é silêncio, tudo é conflito
Até que o céu solta o seu grito

Nos dias assim
O vento dança, rodopia
Mostrando a sua força assobia, assobia.

Nós próprios

"Estabelecemos regras para os outros e excepções para nós..."
(Francois de la Rochefoucauld)

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"As pessoas fogem da solidão quando têm medo dos próprios pensamentos."
(E. Veríssimo)

Tu

Nunca te disse "Amo-te"
Nunca te disse "Gosto de ti"
Mas tu sabes que sim
Que gosto de ti, que te amo.
Apenas não traduzo em palavras
O que dizem os meus olhos
Que são, sem sombra, o espelho da alma.

A memória do teu sorriso
Das tuas mãos, do teu cabelo, dos teus olhos,
do cheiro que sentia quando entrava.
Uma mistura do crepitar do lume,
Com o aroma da comida que sabe a terra,
Do passar do tempo escorrendo pelas paredes.

Sinto a tua falta.

Adoro-te. Um beijo.

Tempo

Só agora me apercebi que muito tempo passou desde a minha última intervenção aqui. Tem fases. Há dias que os pensamentos fluem e muitas ideias fervilham e vezes em que parece que estagnam.
Estive (estou) numa dessas fases de estagnação e tenho-me ocupado mais em vos observar e comentar.
Quando ela voltar aviso-vos.
Beijos e abraços